Conhecido por sua longa carreira no cinema, especialmente nos filmes de terror, como O Enigma de Outro Mundo e Halloween, o norte-americano John Carpenter decidiu que estava na hora de entrar para o mundo dos videogames, justamente numa época em que os jogos de terror estão buscando uma audiência mais ampla, focando-se mais na ação do que na habilidade de causar medo nas pessoas.
O que levou o cineasta a se interessar pelos jogos eletrônicos foi o primeiro F.E.A.R. e quando houve o convite para trabalhar como consultor do roteiro do terceiro game, ele afirma que foi uma decisão fácil de ser tomada.
Segundo ele, os acontecimentos da vida real acabam influenciando na evolução da maneira como contamos histórias de terror, tanto nos games como nos filmes e citou o atentado terrorista de 11 de setembro como exemplo, já que teriam influenciado filmes como Viagem Maldita, Jogos Mortais e O Albergue.
O mestre John Carpenter explicou que a grande diferença na maneira de se contar uma história de terror no cinema e nos games está no fato de que na sétima arte o diretor faz com que o espectador olhe na direção que ele deseja, mas nos jogos nós fazemos parte da ação e por isso não há garantias de que estaremos olhando na direção certa, então o segredo está em se criar momentos tensos e apavorantes.
Ele ainda afirmou que pretende trabalhar em outros jogos, declarou sua admiração pelo BioShock e Dead Space, disse achar “que o potencial para os jogos é ilimitado” e que ainda há vários contos deixados para que fossem contados por ele.
Será que a experiência de pessoas como John Carpenter seria capaz de fazer com que os jogos se tornassem ainda mais assustadores do que títulos de renome como Fatal Frame,Dead Space e Amnesia: The Dark Descent? Talvez muitos tenham medo de saber a resposta.
Via techtudo