Game Review: DARKSIDERS WRATH OF WAR

War (Guerra) um dos Cavaleiros do Apocalipse cai na Terra de repente, lutando contra um demônio poderoso. No embate, Abbadon, um arcanjo o vê e se assusta, pois o sétimo selo não havia sido quebrado. Apenas quando todos os selos se quebrassem que os Cavaleiros poderiam surgir e a guerra entre anjos e demônios retomar e chegar a um fim. Esse prólogo da história pode ser um pouco clichê, mas Darksiders tem o poder de prender o jogador pelas suas 15 horas de duração média. Um enredo intrincado, jogabilidade fluída e personagens carismáticos fazem deste game pedida obrigatória para quem é fã de jogos e ação.

War é o protagonista do game e está atrás de respostas sobre como o mundo dos homens pode estar sendo palco de uma batalha mortal entre o Céu e o Inferno e como ele foi chamado sem ter os selos quebrados. Durante sua jornada, War encontrará personagens interessantíssimos e com potencial de crescerem ainda mais numa sequência (já prevista pára 2012), tais como: Samael, Azrael, Vulgrim e Uriel.
Assim como em Resident Evil 4 há um personagem para vender os artefatos para o Cavaleiro: Vulgrim, um demônio ambicioso e com pinta de traficante. Além de vender e comprar itens, o feioso teletransporta o protagonista para outros pontos do mapa que ele aparece também. Sempre pontos fixos, há de se lembrar.
A jogabilidade é digna dos melhores games do gênero. É um bom jogo similar a God of War, mas usando a mitologia católica ao invés da grega. O cavaleiro da Guerra pode até ter suas semelhanças em agir com Kratos, embora bem mais pudico e centrado, War é um personagem forte e enigmático. Sua força é descomunal e está munido de uma espada, um shuriken, uma pistola e seu forte punho.
Ele pode se utilizar de dois tipos de armas: as primárias e as secundárias. Num combo, War pode terminar de usar a espada e partir pra cima do inimigo com outra arma dando continuidade a sua sequência. Não é tão veloz quanto Dante de Devil May Cry, mas faz estrago. E não é só de armas próprias que War vive, ele pode pegar objetos do cenário como carros ou outras armas dos inimigos e usá-las a seu favor.
As armas, por sua vez, não são meramente utensílios de luta, são necessários para resolver diversos puzzles ao longo da jornada do cavaleiro. Algumas não são nem consideradas armas e são usadas apenas para resolver os quebra cabeças. Nas batalhas, o jogador ainda pode mandar algumas magias.
A evolução do game acontece progressivamente numa velocidade excelente, pois é o tempo certo para o jogador aprender tudo o que pode fazer com as armas que lhes são dadas até então e correr atrás dos upgrades. A evolução é realmente um ponto forte do game, pois é bem balanceada e não transforma o protagonista num destruidor de mundos... E olha que War é um dos quatro Cavaleiros do Apocalipse.
E em se tratando de apocalipse, o cara mais odiado no Céu e no Inferno está pronto para encarnar num monstro poderoso e sinistro, aumentando em muito sua força. A barra para se transformar nesse monstrengo é preenchida de acordo com a quantidade de golpes que o jogador desfere na horda de seres bizarros. São anjos e demônios querendo um pedaço de couro do pobre Guerra.
Os gráficos são bons, estão na média desta geração. Com exceção de uma coisa ou outra, quase nada salta os olhos. É bom ressaltar que o design dos personagens é muito bom e agrada. Quem joga pela primeira vez tem certo receio com o estilo exagerado dos monstros e personagens principais, mas funcionam bem e foram muito bem escolhidos os detalhes, lembrando em alguns pontos o estilo da HQ Spawn. Destaque para Samael.
A trilha sonora em alguns momentos lembra God of War, principalmente quando se resolve um puzzle (são muitos). O que não é um demérito, pelo contrário, a comparação nesse caso é boa.
O fator gameplay é um ponto forte, pois a cada habilidade nova que o jogador conquista, pode-se voltar em lugares já visitados anteriormente e chegar a pontos que não havia como chegar sem as novas habilidades. Destaque para a arma de criação de portais, que permitem que o jogador pule de um espaço a outro sem muito esforço e eleva a outro patamar a resolução de puzzles dentro do game.
As lutas são dinâmicas e a história é muito boa. Mesmo que parta de um lugar comum é bacana perceber como ela se desenvolve em algo diferente e capaz de ser “multi clímax”.

Trailer E3 DARKSIDERS WRATH OF WAR 

Gameplay